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Jongo da Serrinha abre centro cultural em Madureira, no Rio

Roda de samba da Serrinha, na Casa do Jongo em Madureira (RJ) - Divulgação
Roda de samba da Serrinha, na Casa do Jongo em Madureira (RJ) Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

13/01/2016 11h45

Inaugurado no final de novembro de 2015, a sede do Grupo Cultural Jongo da Serrinha, a Casa do Jongo, abre suas portas em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. Tombado pelo IPHAN como Bem Imaterial do Estado do Rio, o jongo ganha agora uma casa oficial.

Com intuito de preservar o jongo e outros patrimônios culturais, a casa também pretende promover o intercâmbio com artistas, pesquisadores e turistas do mundo todo, de acordo com Dyonne Boy, coordenadora do Jongo da Serrinha.

A Casa do Jongo se encontra no pé do Morro da Serrinha e conta com galerias, salas de dança, estúdio, escola de artes, auditório e horta comunitária. O espaço foi cedido pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2013 e passou por uma reforma antes de abrir como centro cultural.

São oferecidos no espaço atividades culturais gratuitas como aulas de canto, de cavaquinho, de jongo, contação de histórias, e mais. Atualmente, a Casa do Jongo está com oficinas gratuitas abertas de percussão, jongo, cuíca, capoeira, dança de salão, violão, cavaquinho, hip-hop e artes.

O Grupo Cultural Jongo da Serrinha tem 50 anos de existência e foi criado em Madureira pelo Mestre Darcy Monteiro e sua família, que convidaram antigas jongueiras como Djanira, Vovó Teresa, Tia Eulália e Tia Maria da Grota para participar. Há 13 anos, o grupo se tornou oficialmente uma ONG, com a missão de preservar o jongo como patrimônio imaterial.

Apresentação do Grupo Jongo da Serrinha - Divulgação/Acervo Jongo da Serrinha - Divulgação/Acervo Jongo da Serrinha
Grupo Jongo da Serrinha
Imagem: Divulgação/Acervo Jongo da Serrinha
O jongo, também conhecido como caxambu, é um ritmo de origem africana do Congo e Angola, que chegou no Brasil na época da colônia, trazido pelos escravos negros de origem bantu, forçados a trabalhar nas fazendas de café da região sudeste. A dança do jongo, que também inclui tambores e cantos, era um dos poucos momentos de confraternização entre os escravos africanos.

 

 

 

Serviço
Casa do Jongo
Onde:
Rua Silas de Oliveira, 101 - Madureira. Aberta diariamente de 10h às 18h.
Quanto: Entrada gratuita.
Mais informações: (21) 3457-4176 e http://jongodaserrinha.org/