Justiça arquiva processo de Marco Feliciano contra "Porta dos Fundos"
O Ministério Público de São Paulo arquivou o processo que o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC) moveu contra o grupo de humor "Porta dos Fundos", em 2013. O processo foi aberto porque o pastor achou que o humorístico cometeu "ultraje ao culto" no vídeo "Especial de Natal", veiculado em 23 de dezembro de 2013 no site YouTube (assista ao vídeo).
Para o humorista e integrante do grupo, João Vicente de Castro, a decisão da justiça foi uma grande vitória da liberdade de expressão. "O processo é tão violento para a liberdade de expressão como uma metralhadora também é. Venceu o bom senso", disse o artista. "Se ele [Marco Feliciano] recorrer, nós vamos continuar com a mesma postura. Não vamos fazer acordo. Não vamos tirar o vídeo do ar. Acho que ele vai recorrer, porque faz parte do show dele. Mas nós vamos continuar firmes. Se pudéssemos voltar atrás, faríamos tudo de novo", garante. "O humor é a nossa religião".
O vídeo, que já foi visto mais de seis milhões de vezes, teria, segundo o pastor, um conteúdo "altamente pejorativo" porque ataca de "forma infame os dogmas cristãos".
"Temos muita responsabilidade. Nós nunca vamos publicar um vídeo homofóbico ou racista. Ao analisarmos o vídeo de maneira responsável achamos que ele não ofende nada nem ninguém. As piadas tem que ser responsáveis assim como o drama".
No processo, Marco Feliciano pediu uma indenização de R$1 milhão que seria revertida para as Santas Casas. O parecer do Ministério Público afirma que o vídeo não ofende. "Para a configuração deste delito é necessário que o agente se conduza de má-fé. Não vislumbro essa intenção no caso narrado. Ainda que os autores tenham agido com falta de cortesia”.
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