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Bienal de SP chega à 31ª edição com 50% de obras inéditas

25.mar.2014 - Pôster oficial da Bienal de SP de 2014 mostra torre movida à força humana - Reprodução
25.mar.2014 - Pôster oficial da Bienal de SP de 2014 mostra torre movida à força humana Imagem: Reprodução

Roseane Aguirra

Do UOL, em São Paulo

25/03/2014 12h04

Metade das obras expostas na 31ª Bienal de São Paulo, que tem inicio no dia 6 de setembro, com o tema "Como Falar de Coisas que Não Existem", será inédita, informou a curadoria a jornalistas na manhã desta terça-feira (25). O orçamento desta edição é de R$ 24 milhões.

Com 75 projetos artísticos confirmados (e outros ainda em negociação), a presença brasileira no evento será de cerca de 25%. A equipe de curadoria pretende propor maneiras de falar sobre essas "coisas", como aprender, lutar e viver com elas.

Formulada como uma jornada, a bienal traz as palavras-chave coletividade, conflito, imaginação e transformação, explicou o curador britânico Charles Esche fazendo a pergunta "o que faria sentido trazer a São Paulo, em 2014?". 

Mostrando uma torre movida a força humana, o conflito de estar em coletividade e a jornada para a transformação estão explicitados no cartaz desta edição, com desenho de Prabhakar Pachpute, artista indiano que também terá obras expostas na Bienal. O desenho final é enquadrado por uma fonte com caligrafia que remete à produção feita à mão, com objetivo de evocar intimidade nas relações entre a arte, a mediação e os públicos alvos do evento.

"Chamar atenção às coisas que estão desarticuladas é uma tarefa para a 31ª Bienal", comentou a curadora associada Luiza Proença. "A arte também tem uma força desconstrutiva e nesse contexto a gente usa bastante o termo 'trans', tanto no campo espiritual, místico, como no campo da transformação mesmo. A gente pode arriscar que essa é a 'trans Bienal' ", brinca.

Com o tema "A Iminência das Poéticas", a 30º Bienal contou com três andares ocupados com cerca de 3 mil obras de 111 artistas, 21 deles brasileiros.

Um dos caminhos para a construção desta bienal foram os "encontros abertos", reuniões com instituições e artistas locais de diversas partes do brasil. A equipe curatorial viajou para cidades como Porto Alegre, Belém, Salvador e Recife para trazer à bienal seu cenário artístico, cultural e politico.

Entre os artistas confirmados estão Tunga, Ana Lira, Armando Queiroz, Asger Jorn, Lia Rodrigues, Leigh Orpaz, Teresa Lanceta, Sheela Gowda, Val Del Omar, Romy Pocztaruk, Nurit Sharett, Virginia de Medeiros, Walid Raad, entre outros. Os demais artistas que completam a edição serão divulgados ao longo do ano, até dia 1º de setembro. Segundo Charles, três projetos serão uma surpresa para o público.