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Circos britânicos podem ser proibidos de usar animais, diz jornal

Os artistas Franco Knie Jr. e sua esposa Linna Knie-Sun se apresentam em ensaio do novo espetáculo do circo suíço Knie na cidade de Rapperswil, Suíça - REUTERS/Arnd Wiegmann
Os artistas Franco Knie Jr. e sua esposa Linna Knie-Sun se apresentam em ensaio do novo espetáculo do circo suíço Knie na cidade de Rapperswil, Suíça Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann

Do UOL, em São Paulo

16/04/2013 13h07

O governo britânico publicou novas propostas que proíbem o uso de animais selvagens nos circos do Reino Unido após uma longa campanha. A informação é do jornal "Guardian" nesta terça-feira (16).

O plano do governo prevê que, a partir do dia 1º de dezembro de 2015, o uso de um animal selvagem em uma performance ou exibição em um circo viajante será um crime no Reino Unido. Qualquer criatura que não seja normalmente domesticada no país será banida do picadeiro, segundo a proposta.

O ministro da Agricultura britânico David Heath disse que o período para que a norma entre em vigência é para permitir que os donos de circo tenham "um período razoável de tempo para adaptar seus negócios e organizar meios cabíveis de cuidar dos animais que já têm". O governo já introduziu severas regulamentações para melhorar a situação de animais que fazem performances em picadeiros até que a norma seja aprovada, diz o Guardian.

Segundo o veículo, ativistas preocupados com as condições animais e políticos têm pedido a medida, mas alguns ministros estavam relutantes em aprovar a proposta por temer ações legais dos donos de picadeiros.

Brasil

No Brasil, não há nenhuma lei federal que vete o uso de animais em circo, mas existem normas no nível municipal. Em entrevista recente ao UOL, o coordenador de Circo da Funarte, Marcos Teixeira Campos, avaliou a proibição como um sinal de preconceito contra o artista circense.

"Os animais estão na TV, no cinema, no teatro, por que não no circo?", disse ele. "Dizer que todo circense maltrata animal é chamar todos eles de criminosos."

Para Campos, a proibição desestimula o interesse no circo. Já para Marcio Stankowich, diretor do circo que leva o nome de sua família, falta algo ao espetáculo. "Nada deixa a desejar, mas as crianças adorariam ver um pônei, por exemplo", diz.