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Se for absolvido, bailarino acusado de ataque continuará no Bolshoi

Pavel Dmitrichenko, à esquerda, bailarino acusado de atacar com ácido o diretor artístico do balé Bolshoi assiste, da cela do réu, a audiência sobre o caso, em corte de Moscou - Maxim Shemetov/Reuters
Pavel Dmitrichenko, à esquerda, bailarino acusado de atacar com ácido o diretor artístico do balé Bolshoi assiste, da cela do réu, a audiência sobre o caso, em corte de Moscou Imagem: Maxim Shemetov/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

12/03/2013 12h10

O diretor-geral do Teatro Bolshoi,Anatoly Iksanov, afirmou que está disposto a manter o emprego do bailarino acusado de organizar o ataque contra o diretor artístico da companhia se ele for absolvido pelo tribunal russo.

O acusado, Pavel Dmitrichenko, foi preso na última semana de organizar o ataque com ácido sulfúrico, no dia 17 de janeiro, contra o diretor artístico da companhia, Sergei Filin. O diretor se recupera de queimaduras severas nos olhos e face.

Dmitrichenko admitiu ter organizado o ataque, mas disse ao tribunal de Moscou que não teve a intenção de causar danos a Filin.

O bailarino entrou para o Bolshoi em 2002, era um dos solistas do segundo escalão da companhia. mas não chegou a fazer parte do grupo dos principais solistas. Seu papel de mais importância foi como solista no balé Ivan, o Terrível, de Sergei Prokofiev.

Segundo reportagens do "The New York TImes", o crime pode ter uma jovem bailarina como pivô, Anzhelina Vorontsova, de 21 anos.

Namorado de Anzhelina, Dmitrichenko acusava o diretor do Bolshoi de boicotar a carreira da bailarina, tendo negado a ela o papel principal em uma montagem de "O Lago dos Cisnes".

A bailarina e o diretor trabalhavam juntos em uma academis de prestígio na capital russa. ilin se sentiu traído quando Anzhelina deixou a companhia comandada por ele e ingressou no Bolshoi. Mais tarde, ambos se encontrariam novamente no Bolshoi, mas a relação dos dois jamais seria a mesma.

A mulher de Filin, no entanto,  Maria Prorvitch, disse ao jornal "Komsomolskaïa Pravda" que os motivos do crime são outros. "Vorontsova é um pretexto, mas com certeza não é a razão principal", declarou a mulher de Filin. 

*Com informações da AP