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Susana Vieira diz que se sentiu insegura sobre remontagem de "A Partilha"

Foto Rio News
Imagem: Foto Rio News

Renato Damião

Do UOL, no Rio

07/08/2012 02h42

Há 22 anos, Miguel Falabella reuniu quatro atrizes em torno da peça “A Partilha”. O bem-sucedido texto ficou seis anos em cartaz e ganhou montagens fora do Brasil. Na noite desta segunda (6), o elenco formado por Susana Vieira, Arlete Salles, Patricya Travassos e Thereza Piffer se apresentou para uma plateia de convidados no teatro Oi Casa Grande, zona sul do Rio, consagrando a remontagem do espetáculo.

No palco, as irmãs Regina (Susana), Laura (Thereza), Selma (Patricya) e Maria Lúcia (Arlete) se reencontram no velório da mãe e precisam resolver questões relacionadas à partilha dos bens. Enquanto decidem entre a venda de um espelho veneziano do século XVIII e tapetes persas, o quarteto remói mágoas, invejas e ausências, tudo pontuado por muito bom humor.

“Tinha medo de não encontrar a Regina, mas com os ensaios fui encontrando. A grande diferença dessa montagem é que há 20 anos minha personagem era uma mulher irresponsável, descontraída. Minha vida mudou, eu mudei, envelheci. Hoje trago mais preocupações, inseguranças. Aos 20 anos, achamos que somos o 'Rei da Cocada Preta'”, explicou Susana que muito emocionada ao final da apresentação convidou os netos Rafael e Bruno para se juntarem a ela no palco.

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    Susana Vieira entre os netos Bruno e Rafael ao final da apresentação de "A Partilha"

“Lembrei muito meu pai que sempre foi as minhas estreias, há 20 anos meu filho era jovem, nem era casado. Hoje ver meus netos crescidos me emocionou muito. Não sei viver sem a minha família e hoje vi que não sei viver sem o palco”, afirmou a atriz que acredita que o sucesso do texto é mérito de Miguel Falabella.

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Fiz a mesma montagem de há 22 anos atrás. É uma celebração

sobre a peça

“O Miguel é um midas, tudo no que ele toca dá certo. A alegria com a qual a gente faz o espetáculo passa para plateia. O texto do Miguel é alegre e triste, é muito sensitivo. Quando eu vejo já estou chorando”, elogiou Susana.

Segundo o autor e diretor, nada foi mudado do texto original. “Troquei só a palavra carta por e-mail”, garantiu Miguel que levou apenas dois meses para ensaiar o espetáculo. “Fiz a mesma montagem de há 22 anos atrás. É uma celebração”, contou.

Patricya Travassos, que na montagem original substituiu Nathalia do Valle, revelou que “apresentar a peça para uma plateia de pessoas de teatro foi uma grande responsabilidade”. “A minha sensação é de dever cumprido. Nós temos muita admiração uma pela outra, acho que isso se faz presente em cena”, pontuou.

Para Arlete, a remontagem ainda é uma surpresa para ela. “Jamais pensei que nós pudéssemos retomar  um momento tão feliz do passado, trazer ele para o presente e sermos tão felizes de novo”, ressaltou.

Já Thereza, responsável por dar vida a lésbica Laura, frisou que teve como trabalho redescobrir a peça e, principalmente, sua personagem. “Nós estamos mais maduras, conseguimos enxergar o personagem com mais sabedoria. A maturidade nos chega como atores e como pessoas.  ‘A Partilha’ mudou nossas vidas, agora é um recomeço e é tudo novo de novo”, finalizou.

A Partilha
Onde: Teatro Oi Casa Grande – Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, Rio
Quanto:  De R$ 40 a R$ 120
Quando: de 5ª a dom