Cláudia Raia estreia musical "Cabaret" nesta sexta-feira (28); saiba mais sobre a peça e assista trecho do espetáculo
Com peruca chanel, meia arrastão e coberta de cristais Swarovski, Cláudia Raia entra no palco interpretando a cantora inglesa Sally Bowles. A sala do teatro Procópio Ferreira está decorada com cortinas de vidrilhos de tons rosados. Mesas com iluminação baixa e espelhos com luzes ajudam a colocar o espectador dentro de um bordel da década de 20.
O motivo é o premiado musical da Broadway “Cabaret”, que estreia em São Paulo nesta sexta-feira (28) com produção de Sandro Chaim (de “A Gaiola das Loucas”e “Hairspray”), direção de José Possi Neto e tradução de Miguel Falabella. Pela segunda vez no Brasil - a primeira versão foi apresentada em 89 - o espetáculo é um sonho antigo de Cláudia.
"Eu e Sally somos uma brincadeira de 'Tom & Jerry'. Tentamos fazer (o musical) uma vez, não conseguimos os direitos. Foi quando cheguei para o Chaim e disse que era a hora de ir atrás. Em 89, fiquei super triste por não ter conseguido o papel. Hoje vejo que não estava preparada para ele, talvez pela falta de maturidade na época", conta.
ASSISTA TRECHO DO ESPETÁCULO
"Cabaret" foi apresentado em diversas versões no teatro e também ganhou vida no cinema, com Liza Minelli eternizada no papel de Sally, no filme que trata a história de forma mais leve. "Tentei aprisionar a Cláudia pra fazer essa personagem. Nunca usei esse corpo, essa voz. Sai da Liza, minha musa, pra criar a minha Sally Bowles. É o que eu penso da personagem".
"CABARET", por Cláudia Raia
"'Cabaret conta duas histórias de amor interrompidas pela guerra. A Bowles vai para Berlim em busca de uma outra realidade e se apaixona por um escritor. Mas é desequilibrada, se boicota. É uma história de amor impedido"
"Investimos muito na dramaturgia", explica Possi. "A personagem principal carrega um enorme drama pra sobreviver em meio à guerra. Tivemos que trabalhar em repensar o conteúdo histórico e psicológico. E o Falabella dá o humor sarcástico e ao mesmo tempo ingênuo que a peça pede, se revezando entre o sexy sujo e o cômico", completa.
A produção do musical, que conta com 150 figurinos, dos quais 8 são da personagem principal, reproduz em cenários um pouco da Berlim dos anos 30. Já as coreografias ganharam mais sensualidade na versão brasileira. "A ideia não era ficar pornográfico. É uma sensualidade elegante. Fiz uma pesquisa de lingeries e peças com tons de pele para aproveitar bem os corpos dos bailarinos", explica figurinista Fábio Namatame.
Apesar da personagem ser um sonho de Cláudia, a história da personagem não tem nada a ver com a história da atriz. "Ela é bêbada, fuma. É super mundana. Eu não bebo uma gota de álcool", conta. Para as cenas em que a atriz fuma, foram importadas 20 caixas de cigarro de alface. "São muito fedidos", brinca.
No papel do Mestre de Cerimônias que funciona como um narrador da história, está o ator Jarbas Homem de Melo, quase irreconhecível quando vestido no personagem. No lugar de Reynaldo Giannechini, que interpretaria o escritor que faz par romântico com Sally está Guilherme Magón. Giannechini foi afastado da peça "Cruel" e dessa versão por conta de um câncer linfático.
Mais famosos em musicais
Além de Raia, outros famosos estão em musicais nesta temporada. Marisa Orth e Daniel Boaventura serão Gomes e Morticia no musical de "A Família Adamns", que estreia no primeiro semestre de 2012 e até 11 de dezembro Maria Clara Gueiros se apresenta em "As Bruxas de Eastwick", no teatro Bradesco.
"Cabaret"
Estreia 28 de outubro, em cartaz até (sexta-feira)
Onde: Teatro Procópio Ferreira (Rua Augusta, 2.823 – Cerqueira César)
Quando: quintas (às 21h), sextas (às 21h30), sábados (sessões às 18h e 21h30), domingo (às 18h)
Quanto: de R$40 a R$200 (mais informações no 0/xx/11 4003-1212)
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