Supremo polonês rejeita reabrir processo de extradição de Polanski aos EUA

Varsóvia, 6 dez (EFE).- A Suprema Corte da Polônia rejeitou nesta terça-feira reabrir o processo de extradição do diretor de cinema Romam Polanski aos Estados Unidos, onde enfrenta uma condenação por um caso de abuso sexual cometido na década dos anos 70.

O ministro da Justiça polonês, Zbigniew Ziobro, tinha recorrido perante o Supremo em maio para solicitar a revogação de uma sentença de 2015 contra a extradição do diretor franco-polonês de 83 anos, alegando que ninguém deveria estar acima da Lei.

A decisão da Suprema Corte põe fim à parte polonesa do caso iniciado em 1977 nos Estados Unidos, onde Polanski ainda está em busca e captura para o cumprimento da sentença por ter mantido relações sexuais em 1977 com a menor de 13 anos Samantha Gailey, após uma sessão fotográfica em Los Angeles.

O diretor de cinema, que naquele momento tinha 43 anos, foi detido depois que Gailey o acusou de obrigá-la manter relações sexuais após drogá-la.

Polanski se declarou culpado de ter mantido relações com a menor e passou 42 dias na prisão, mas estando em liberdade sob pagamento de fiança e perante o temor de ter de voltar à prisão, fugiu dos EUA no final de 1978.

A Suprema Corte polonesa justificou sua decisão alegando que Polanski manteve uma vida profissional e familiar estável nas últimas décadas.

O pedido do ministro polonês inscreve-se na política do governo nacionalista-ultraconservador do partido Lei e Justiça (PiS), cujos dirigentes se propuseram devolver a moral às instituições deste país profundamente católico.

Roman Polanski, que atualmente vive na França, pretendia rodar um filme em sua Polônia natal embora finalmente desistiu após a decisão do ministro da Justiça de pedir sua extradição.
 

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