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São Paulo recebe 10ª Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo

10/10/2016 18h30

São Paulo, 10 out (EFE).- A 10ª Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU), que reúne obras de 22 países da América, Portugal e Espanha, começou nesta segunda-feira em São Paulo com a entrega de prêmios dos homenageados.

O arquiteto português Eduardo Souto de Moura, reconhecido em 2011 com o Pritzker, recebeu o Prêmio Ibero-Americano - anunciado no último mês de abril - no Auditório Ibirapuera, projetado por Oscar Niemeyer.

Souto de Moura, um dos candidatos para assumir a ampliação do Museu do Prado de Madri, destacou que a Bienal lhe surpreendeu com um catálogos de obras "boas, simples e com muito frescor".

"São uma resposta ao ocorrido nos últimos anos, nos quais a arquitetura (na Europa) se transformou em algo muito artificial e afastado da vida. Aqui se vê a casa e o cotidiano, com pouco se faz muito", ressaltou o arquiteto à Agência Efe.

Para o português, a "arquitetura europeia não tem muitas novidades" e o "futuro" dessa profissão está agora "na África e América Latina".

"Aqui se trabalha por necessidade, não para fazer ícones ou edifícios emblemáticos. Há uma coisa vital", comentou.

Além de premiar Souto de Moura, a 10ª Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo reconheceu outros 26 trabalhos, seis livros, duas publicações periódicas e uma coleção de vídeos naquela foi uma das mais movimentadas edições deste evento internacional.

As fotografias das 26 obras premiadas foram expostas no Parque do Ibirapuera.

"A seleção demonstra o grau de complexidade. São 22 países ibero-americanos, com tradições e culturas que têm pontos de conexão, mas também elementos diferenciais muito importantes", disse à Efe Ignacio Pedrosa, um dos curadores da Bienal.

Em sua opinião, a Bienal demonstra a "diversidade" arquitetônica, o que se está "fazendo em cada lugar de forma simultânea" e de maneira diferente.

A BIAU, uma iniciativa do Ministério de Fomento do governo da Espanha, promove a troca de experiências entre os arquitetos e urbanistas dos países latino-americanos, Espanha e Portugal, e o debate dos grandes problemas do setor.