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Biblioteca digital abre passagem na maior feira literária do Brasil

04/07/2015 18h00

A tecnologia segue em queda de braço com o papel e até mesmo a tradicional Festa Internacional Literária de Paraty (Flip), o maior festival de literatura do país, teve que se adaptar aos novos tempos e abraçar a revolução digital dos livros virtuais.

A plataforma "Nuvem de Livros", a biblioteca digital com 2,5 milhões de usuários e a maior da região ibero-americana, é uma das responsáveis por essa mudança e, junto à Liga Brasileira de Editoras (Libre), levou à Flip uma programação paralela para ajudar a superar a "dificuldade de ser leitor".

"Para ser leitor é preciso ter dinheiro e acesso a algum lugar para se comprar livros, mas o Brasil inteiro tem tantas livrarias como a Grande Buenos Aires", afirmou à Agência Efe Jonas Suassuna, presidente do grupo Gol, responsável pela criação e o desenvolvimento da "Nuvem de Livros".

Ao seu lado, o curador da biblioteca, Antônio Torres, complementa: "o papel continua com o mesmo valor de sempre, mas a plataforma resolve o problema crucial da circulação de livros e ideias em um país tão grande".

Para Torres, também escritor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), as novas tecnologias propiciaram "uma democratização não só do acesso à leitura, mas também à escrita". Por isso, "há muitos mais autores agora do que há alguns anos".

Na opinião do curador da "Nuvem de Livros", enquanto a sociedade brasileira ainda não se adaptou ao livro eletrônico, as bibliotecas digitais - que funcionam através de aplicativos móveis - são um sucesso no país.

Por esse motivo que a "Nuvem de Livros" voltou pelo segundo ano consecutivo a Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, que neste ano trouxe um grupo de 40 autores, 17 deles estrangeiros.

A plataforma "Nuvem de Livros" começou sua história no Brasil em 2011 e em quase dois anos de atuação superou 1 milhão de assinantes, transformando-se na biblioteca online com o maior número de usuários na região ibero-americana.