Apresentadora de TV pede demissão ao vivo nos Estados Unidos

San Francisco, 22 set (EFE).- Uma apresentadora do jornal de um canal de televisão do Alasca (EUA) pediu demissão ao vivo para, segundo ela disse nesta segunda-feira, se concentrar na luta a favor da legalização da maconha nesse estado.

A jornalista Charlo Greene da emissora "KTVA", um canal filiado à "CBS", acabava de apresentar no jornal do domingo a noite uma matéria sobre um dispensário de maconha medicinal em Anchorage (Alasca), quando revelou que ela mesma era a proprietária de dito local e anunciou sua intenção de dedicar todos seus esforços à legalização total da cannabis.

"Dedicarei todas minhas forças em lutar pela liberdade e justiça, que começa por legalizar a maconha no Alasca. Para isso, não tenho mais alternativas do que deixar o programa. Estou indo embora", disse ao vivo a jornalista, após abandonar literalmente o local perante a estupefação de seus companheiros.

"Desculpem por isso. Voltaremos em seguida", disse uma de suas companheiras, visivelmente surpreendida pelo que acabava de acontecer.

O Alasca, o estado de maiores dimensões dos Estados Unidos mas um dos menos povoados, votará em 4 de novembro em referendo se legaliza completamente a maconha para uso recreativo (atualmente só estão permitidas as medicinais) e se transforma assim no terceiro estado a permitir o consumo de cannabis após Washington e Colorado.

Se a medida for aprovada, o Alasca seria o primeiro estado governado pelo Partido Republicano no qual a maconha é legalizada para uso recreativo.

Junto ao Alasca, em 4 de novembro também votarão para decidir se legalizam totalmente o consumo de maconha o estado do Oregon e a capital federal, Washington, enquanto a Flórida perguntará aos cidadãos se querem permitir o uso da cannabis com fins terapêuticos.

Embora a lei federal considere ilegal o consumo de maconha nos EUA, a decisão final sobre esta questão recai nos estados, e muitos deles permitem o uso medicinal da cannabis ou inclusive despenalizaram seu consumo, além dos citados Washington e Colorado, onde esta substância é perfeitamente legal.

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