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Autora de Harry Potter está "orgulhosa" de seu primeiro romance para adultos

Capa do livro "The Casual Vacancy", de J. K. Rowling - Reprodução
Capa do livro "The Casual Vacancy", de J. K. Rowling Imagem: Reprodução

22/09/2012 09h10

A escritora britânica J.K. Rowling, autora da bem-sucedida saga do bruxo Harry Potter, se confessou "orgulhosa" de seu primeiro romance para adultos, a cinco dias de seu lançamento, e garante que será capaz de suportar as críticas negativas.

Em entrevista publicada neste sábado (22) pelo jornal "The Guardian" antes do lançamento nesta quinta-feira de "The Casual Vacancy", a autora escocesa, que vendeu 450 milhões de cópias dos sete livros de Harry Potter, admitiu que "o pior que pode acontecer é que todo mundo diga: 'Que ruim, deveria ter seguido escrevendo para crianças'".

"Mas eu posso com isso e seguirei vivendo se isso ocorrer", afirmou Rowling, assegurando que não lhe preocupam as vendas de sua nova obra, pois "necessitava escrever este livro. Eu gostei muito, estou orgulhosa dele e isso é o que conta".

Apesar disso, espera-se que "The Casual Vacancy", editado por Little Brown e que narra com humor negro as desavenças causadas pelas eleições em um idílico e fictício povoado da Inglaterra, seja um dos livros mais vendidos do ano no mundo todo.

A história começa com a morte inesperada, aos 40 anos, de Barry Fairweather, que deixa uma vaga aberta na prefeitura do pequeno povoado de Pagford e abre uma guerra interna entre os moradores de um lugar onde a vida parecia transcorrer em harmonia.

Na entrevista, Rowling deu poucas pistas sobre seu novo livro, de 512 páginas e que demorou cinco anos para ser escrito, mas lembrou seus tempos de pobreza quando, divorciada e com um filho de poucos meses, escreveu seu primeiro livro de Harry Potter e a mudança que essa saga literária representou, ao transformá-la em uma das mulheres mais ricas do mundo.

"Você não espera o tipo de problemas que o dinheiro traz", como "a pressão" e o "tsunami de pedidos", contou a escritora, conhecida por sua timidez e que confessou que a terapia ajudou-a na transição, da mesma forma que seu segundo marido, Neil Murray, com quem tem dois filhos.

"Sou a escritora mais livre do mundo. Posso fazer o que eu gosto. Pago minhas contas - todo mundo sabe que posso pagá-las - e pude escrever este romance exatamente como queria. E eu adorei isso", confessou.