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Exposição fotográfica lembra os dez anos da morte da princesa Diana

14/07/2007 14h58

Londres, 14 jul (EFE).- Uma exposição fotográfica lembra hoje em
Londres os dez anos da morte da princesa Diana, uma das mulheres
mais retratadas dos últimos tempos.

A exposição, aberta até outubro na National Portrait Gallery,
pretende repassar a vida de Lady Di em suas facetas como princesa e
esposa do herdeiro da coroa britânica, mas também como mãe, mulher
comprometida com os direitos humanos e ícone da moda.

Diana, filha mais nova do oitavo conde de Spencer, nasceu em 1961
em Sandringham (Norfolk, sudeste da Inglaterra) e com apenas 20 anos
se casou com o príncipe Charles em cerimônia na Catedral de São
Paulo de Londres acompanhada por 750 milhões de pessoas em todo o
mundo.

Era um sinal do grande interesse que sua vida despertaria nos
anos seguintes até sua morte em 31 de agosto de 1997.

A exposição cobre exatamente esses 16 anos e documenta a evolução
na imagem de Lady Di desde suas primeiras aparições como uma
adolescente tímida até se transformar em uma mulher sofisticada e
"glamourosa".

Tudo seguido muito de perto pelas câmaras, não só as dos
"paparazzi", mas também as de fotógrafos de prestígio como lorde
Lichfield, que imortalizou Charles e Diana no dia de seu casamento,
e os fotógrafos de moda Terence Donovan e Mario Testino.

Testino tirou as fotos tidas como as últimas imagens oficiais da
princesa antes de sua morte: algumas imagens para a edição de julho
de 1997 da revista "Vanity Fair".

Uma das imagens que mais chama a atenção da exposição, por
oferecer um pouco da intimidade de uma celebridade, é uma de John
Swannel que mostra um momento de descanso de Diana e seus dois
filhos, os príncipes William e Harry, durante uma sessão oficial de
fotos para uma mensagem oficial de Natal.

Também faz parte da mostra uma das fotos da princesa tiradas por
Testino.

"Minha primeira reação foi fotografá-la em seu papel tradicional
de princesa de conto de fadas. Então creio que as imagens mais
apaixonantes que se poderia esperar ver de Diana era a de quando
estava sozinha em sua intimidade", explicou o artista peruano na
nota de imprensa divulgada pela Galeria.

Desde o anúncio de seu noivado com o príncipe Charles, a vida de
Diana foi acompanhada muito de perto pela mídia.

Nos meses anteriores a seu casamento, vários fotógrafos e
jornalistas estiveram postados em frente a seu apartamento em
Londres. Toda manhã, Diana tinha que abrir caminho entre os
repórteres para ir trabalhar, o que foi lembrado recentemente quando
a ex-namorada do príncipe William, Kate Middleton, sofreu assédio
semelhante.

A perseguição implacável acabou tragicamente com a morte da
princesa, já separada de Charles, e de seu namorado, Dodi Al-Fayed,
filho do dono da famosa cadeia de lojas de departamentos Harrods, de
Londres, em um túnel parisiense, quando o motorista do automóvel em
que viajavam tentava desviar dos fotógrafos.

Muitas vezes Diana se queixou do assédio da imprensa, mas também
reconheceu os benefícios de ser um personagem midiático, sobretudo
em seu papel de embaixadora dos direitos humanos.

"Aonde eu vou, a imprensa mundial vai atrás", disse em uma
ocasião.