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Morre aos 104 anos o historiador Jacques Barzun, autor de "Da Alvorada à Decadência"

Jacques Barzun em imagem de 2002 - Eric Gay/AP
Jacques Barzun em imagem de 2002 Imagem: Eric Gay/AP

26/10/2012 03h36

Jacques Barzun, o historiador cultural pioneiro, intelectual e professor que se tornou famoso pelo clássico “Da Alvorada à Decadência”, morreu aos 104 anos.

Barzun, que lecionou por 50 anos na Universidade de Columbia, morreu na noite desta quinta (25) em San Antonio (EUA), onde ele morou em seus últimos anos, informou seu genro Gavin Parfit.

Classificado por Cynthia Ozick como “um dos últimos generalistas meticulosos”, Barzun escreveu dezenas de livros e ensaios de assuntos como filosofia, música, beisebol e romances de detetives.

Em 2000, ele chegou ao topo de sua carreira com “Da Alvorada à Decadência”, uma análise da civilização ocidental da Renascença até o final do século 20. A obra chegava a 800 páginas e o tema era pouco animador – o colapso das tradições nos tempos modernos – e mesmo assim o livro foi aclamado pela crítica, ficou na lista de mais vendidos do New York Times por semanas e foi nomeado a prêmios como o National Book Award e o National Book Critics Circle. Em 2003, ele recebeu do então presidente George Bush a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos EUA.

Barzun teve três filhos com sua primeira esposa, Marianna Lowell, que morreu em 1978. Ele se casou com Marguerite Davenport dois anos depois. Ele deixa 10 netos e 8 bisnetos, de acordo com sua filha, Isabel Barzun.

“Ele foi um cavalheiro. Ele foi um estudioso. Ele era refinado, ele era bom. Ele foi enormemente generoso em espírito”, disse Parfit. “Ele foi único”.