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Contos inéditos de F. Scott Fitzgerald são publicados 80 anos depois

O escritor americano F. Scott Fitzgerald (1896-1940), que terá contos inéditos publicados - Hulton Archive/Getty Images
O escritor americano F. Scott Fitzgerald (1896-1940), que terá contos inéditos publicados Imagem: Hulton Archive/Getty Images

De Washington (EUA)

08/09/2016 17h20

Os contos inéditos de F. Scott Fitzgerald, cujo livro "O Grande Gatsby" proporciona uma representação icônica dos excessos dos Estados Unidos na Era do Jazz, serão lançados em abril de 2017, 80 anos depois de terem sido escritos.

A Scribner, editora da Simon & Schuster, anunciou que publicará "I'd Die for You" - uma coleção de histórias consideradas muito controversas quando foram escritas na década de 1930.

Como um personagem de seus livros, Fitzgerald teve uma curta e trágica vida. Morreu em 1940, aos 44 anos, após lutar durante anos contra o alcoolismo e com o comprometimento neurológico de sua mulher, Zelda.

No fim da vida, escreveu e enviou às maiores editoras diversas histórias que eram repetidamente devolvidas. De acordo com os editores, seu trabalho era muito provocativo para aqueles tempos.

"Ao invés de permitir trocar, ou ser suavizado, pelos editores contemporâneos, Fitzgerald preferiu que seu trabalho não fosse publicado, inclusive em momentos em que realmente precisava de dinheiro", assinalou a Scribner em sua página na Internet.

Publicado em 1925, "O Grand Gatsby" capturou as mudanças de costumes e os extremos econômicos de uma época que o autor apelidou como "a Era do Jazz".

"Foi uma era de milagres", escreveu. "Foi uma era de excessos".

O livro foi elogiado por autores contemporâneos como T. S. Eliot e Willa Cather, mas as vendas foram baixas, assim como já havia acontecido com livros anteriores - "Este Lado do Paraíso" e "Os Belos e Malditos" - deixando Fitzgerald no que ele chamou de "a grande depressão".

Agora, seus livros vendem em apenas um mês mais do que venderam durante toda sua vida, além de terem se tornado objeto de estudo nas aulas de literatura de escolas e universidades.

Como o próprio Fitzgerald escreveu: "um autor deve escrever para os jovens de sua geração, os críticos da seguinte e, depois, para os professores de sempre".