Após perder a barba, máscara do faraó Tutancâmon é restaurada no Egito
O Egito anunciou nesta quarta-feira (16) o fim dos trabalhos de restauração de uma máscara funerária de Tutancâmon, danificada por uma reparação que deixou traços de cola na barba desta relíquia do Egito Antigo —com cerca de 3.300 anos.
Em agosto de 2014, durante trabalhos realizados no dispositivo de iluminação do Museu do Cairo, a máscara de ouro maciço foi afetada e a barba se descolou. Funcionários do museu utilizaram então a cola epóxi para colar a peça, deixando um pedaço de cola na barba simbólica do misterioso faraó-criança.
Nesta quarta-feira, a máscara incrustada de lápis-lázuli e pedras semi-preciosas foi recolocada na sala de exposições do Museu do Cairo, após mais de dois meses de trabalhos de restauração realizados por uma equipe de especialistas alemães.
"Terminou", informou aos jornalistas o restaurador alemão que supervisiona o projeto, Christian Eckmann, um especialista em conservação arqueológica de objetos metálicos e de vidro.
"O mais difícil foi descolar a barba", explicou Eckmann, informando que sua equipe usou "instrumentos em madeira" e teve que aquecer a máscara para eliminar a cola, antes de fixar novamente a barba.
Descoberto em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter no Vale dos Reis, em Luxor, no Alto Egito, o tesouro de Tutancâmon é a mais prestigiosa coleção do Museu do Cairo.
Além da máscara funerária, ele compreende quatro grandes túmulos de madeira dourados, todas as joias do soberano da 18ª dinastia e três grandes camas de velório. Faz parte do tesouro dois dos três caixões do faraó, um deles em outro maciço esculpido.
Nesta quarta, Eckmann explicou que "90 anos após a primeira restauração feita por Carter em dezembro de 1925, nós temos o prazer de apresentar a máscara em sua forma original".
Falecido aos 19 anos, em 1.324 a.C, depois de um reinado de nove anos, Tutancâmon é atualmente um dos faraós mais famosos do antigo Egito.
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