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Suspeito de roubo de quadros na Holanda pode acusar museu de negligência

A obra "Cabeça de Arlequim", de Pablo Picasso, é uma das que foi roubadas do museu holandês e permanece desaparecida - Pablo Picasso/AP Photo/Police Rotterdam
A obra "Cabeça de Arlequim", de Pablo Picasso, é uma das que foi roubadas do museu holandês e permanece desaparecida Imagem: Pablo Picasso/AP Photo/Police Rotterdam

De Bucareste (Romênia)

22/10/2013 11h25

O advogado de um romeno que admitiu ter roubado pinturas de Monet, Gauguin e Picasso na Holanda ameaçou nesta terça-feira (22) processar o museu holandês Kunsthal por negligência na proteção das obras.

"Trata-se de uma negligência grave e clara (do museu)", declarou Catalin Dancu, advogado de Radu Dogaru, o romeno que confessou ter roubado seis quadros de grandes artistas expostos no Museu Kunsthal de Rotterdam (sudoeste da Holanda) na madrugada de 16 de outubro de 2012.

"Se não recebermos resposta dos culpados desta violação da lei holandesa sobre as medidas de segurança do museu (...) planejamos a contratação de advogados para intentar uma ação perante os tribunais na Holanda ou na Romênia", explicou Dancu.

Dogaru e outros cinco supostos cúmplices, todos romenos, estão em julgamento desde agosto em Bucareste pelo roubo das pinturas. Nesta terça-feira uma nova audiência está em andamento.

As pinturas não foram recuperadas e poderiam ter sido queimadas pela mãe de Dogaru para encobrir o crime e proteger seu filho.

Se o museu for condenado por negligência, teria que "responder em solidariedade" para pagar a seguradora dos quadros que desembolsou 18 milhões de euros para compensar o proprietário, acrescentou o advogado.

Isso reduziria a quantidade a ser paga pelo seu cliente se for condenado por roubo.

Entre as pinturas roubadas estão "Cabeça de Arlequim", de Pablo Picasso, "Waterloo Bridge" de Claude Monet e "Mulher em uma janela aberta" de Paul Gauguin.