Topo

"La Casa de Papel": a série que vai fazer você torcer pelos bandidos

Do UOL, em São Paulo

08/02/2018 04h00

Em dezembro, "La Casa de Papel" estreou despretensiosa na Netflix. Mas em menos de um mês a série espanhola se tornou um verdadeiro furacão e acabou virando um vício entre os espectadores brasileiros. 

A produção, que inspirou até fantasia de Carnaval, conta a história de um grupo de ladrões que coloca em prática um assalto épico à Casa da Moeda da Espanha. Liderados por um homem que se identifica apenas como Professor, os bandidos não sabem nem os nomes dos colegas -- eles se chamam apenas por cidades, como Rio e Tokio -- e acabam confinados com uma série de reféns dentro da instituição, enquanto a polícia tenta a todo custo tirá-los de lá. Aos poucos, o plano original vai se revelando mais ambicioso e mais complicado do que parece. 

Se você ainda não assistiu à série, listamos abaixo 4 motivos para dar uma chance a "La Casa de Papel", cuja segunda (e última) parte estreará no dia 6 de abril. Confira:

  • Personagens carismáticos

    Não dá pra negar: "La Casa de Papel" tem nos personagens um de seus principais trunfos. E nem teria como ser diferente. Afinal, você precisa desenvolver certa empatia pelos ladrões para se envolver pela história. A história é narrada pelo ponto de vista de Tóquio, ladra experiente com um passado turbulento que se vê às voltas com o relacionamento com Rio, o mais novo do bando, que enfrenta um conflito pessoal ao longo da história. Nairóbi, Moscou, Denver e até Berlin, que tem traços de psicopata, também cativam conforme seus dramas no presente e no passado são apresentados ao público.

    O professor, o líder do grupo e mentor do plano perfeito, é outro que consegue atrair a torcida do espectador, até quando dá derrapadas em seu contato com a inspetora Raquel, também uma personagem bem construída que ganha a simpatia de quem está em casa.

  • Reprodução

    Ganchos e reviravoltas

    Apesar de seu tema central não ser nenhuma novidade, a série espanhola brinca o tempo todo de subverter as expectativas do público, seja com detalhes do plano épico ou com seus desdobramentos, dentro e fora da Casa da Moeda. As surpresas vão se acumulando ao longo dos episódios, ditando um ritmo ágil que deixa o espectador fisgado desde o início.

    A Netflix, que reeditou os episódios para distribuí-los internacionalmente, ainda fez bom uso da tradição de deixar um gancho ao final dos episódios para os próximos ? que não é tão utilizada em suas produções originais. Os episódios de "La Casa de Papel" terminam, em sua maioria, com um acontecimento marcante que deixa o espectador ansiosíssimo para o próximo.

  • Divulgação

    Mistura que dá certo

    A história da série espanhola une elementos do cinemão americano de ação com pitadas novelescas e referências da cultura pop. O resultado é uma produção divertida que cria uma identidade própria, diferenciando-se, inclusive, de outros exemplares do gênero na Netflix. De quebra, ela ainda agrada vários públicos, do viciado em séries ao aficionado por filmes de ação, passando até pelos noveleiros de carteirinha.

  • Divulgação

    Mais da Espanha

    "La Casa de Papel" também é interessante para quem quer conhecer mais da TV espanhola e de seus atores, que antes da Netflix e de outros serviços de streaming eram pouco acessíveis aos brasileiros.

    Úrsula Corberó, a Tokio, é uma conhecida atriz do país, indicada a dois prêmios locais pela série. A artista de 28 anos, que é casada com o filho do argentino Ricardo Darín, participou de "Snatch", série baseada no filme homônimo de Guy Ritchie, e se prepara para estrear como protagonista nos cinemas. Já Miguel Herrán, o Rio, tem um Goya, o Oscar espanhol, em casa: o ator de 21 aninhos venceu o prêmio de ator revelação em 2016 pelo filme "A Cambio de Nada", de Daniel Gúzman. No time dos veteranos, Pedro Alonso, o Berlin, é conhecido da TV espanhola desde os anos 1990 e já concorreu a vários prêmios. Vale conhecer mais deles e de seus colegas.