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Por conexão ruim e "buraqueira", games perdem para redes sociais no busão

Pablo Raphael Do UOL, em São Paulo

  • Montagem/Pablo Raphael

    Para passar o tempo, pessoas de todas as idades jogam games no transporte coletivo

    Para passar o tempo, pessoas de todas as idades jogam games no transporte coletivo

82% dos brasileiros jogam no celular, apontou no começo do ano a pesquisa Game Brasil. Essa predileção é notada facilmente quando se dá uma volta pelos vagões do metrô em São Paulo, onde jogos como "Candy Crush" disputam a atenção dos passageiros com os populares Facebook e Whatsapp.

Nos ônibus, porém, é raro ver alguém jogando no celular - e menos ainda em consoles portáteis como o 3DS e o PS Vita. No balanço do busão, redes sociais como Whastapp, Instagram e Facebook dominam as telinhas dos passageiros.

Os maiores problemas encontrados por quem gostaria de jogar no transporte coletivo são a conexão ruim da internet, o trânsito pesado e a "buraqueira" nas ruas. Foi o que UOL Jogos descobriu após viajar por algumas linhas de ônibus e de metrô na capital paulista.

A estudante Bianca, de 18 anos, disse ao UOL Jogos que prefere usar o Whastapp no ônibus. "O transporte balança muito, fazer outra coisa dá tontura, não consigo nem ler um livro".

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    Bianca (18) se queixa da qualidade do sinal 3G no ônibus, "A noite o sinal fica ruim, mas é um problema da operadora".

Kaian, de 25 anos, é outro que prefere as redes sociais enquanto utiliza os ônibus na zona norte de São Paulo. "Passo o tempo no Whatsapp, Facebook e ouvindo música".

Como muitos jogos atuais, como "Homem-Aranha Sem Limites", pedem uma conexão quase que constante com a internet para rodar, são descartados pelos usuários pela falta de uma boa cobertura 3G. Isso vale tanto no ônibus quanto no metrô.  Boa parte dos passageiros com quem UOL Jogos conversou disse preferir jogos que não pedem conexão online ou que podem ser colocados em modo offline.

"Eu jogo pouco no celular", revela Sheila, de 42 anos, usuária da linha azul do metrô. "Jogo mais quando o sinal da internet não pega".

Na hora do aperto

Games para celular são a preferência dos jogadores no metrô paulistano, mas é possível encontrar quem jogue games mais complexos como "Injustice" (jogo de luta com heróis e vilões da DC Comics) e até um ocasional PSP ou Nintendo 3DS, rodando jogos como "Mario Kart" e "Animal Crossing".

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    "Jogo bastante 'Angry Birds' no metrô e no ônibus", conta Ricardo (35). "Mas não jogo nada que precise estar online".

Mesmo quem joga no metrô não está livre de problemas, como nota Jonathan (19), que joga o game de corrida "Asphalt" na linha amarela do metrô, a mais moderna e confortável da cidade.

"Só jogo na estação ou quando estou sentado no vagão", explica Jonathan. "Tem que mexer os braços e ter bons reflexos para não errar, daí de pé não dá certo, né?".

Stefano Moreno, de 21 anos, concorda: "No metrô, prefiro jogar RPGs como 'Persona', no PSP, porque não requer tanta coordenação motora, é mais ler tudo e ficar atento para não morrer nas batalhas".

Recém-formado em design de jogos, Stefano diz que prefere os portáteis mesmo quando está em casa. "Dá para jogar em qualquer lugar".

Já Wellington, de 27 anos, comenta que não tem problemas em jogar de pé, mesmo quando o vagão está muito cheio. "Jogo muito 'Plants vs. Zombies', é tranquilo porque posso fazer tudo com apenas uma mão", explica.

Passatempo

Usuários do transporte público que jogam no celular em geral não se consideram "gamers". Questionados por UOL Jogos, vários passageiros explicaram que jogam para passar o tempo.

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    O estudante Lucas (14) gosta de jogar "New Star Soccer" no celular. "Mas só quando estou indo ou voltando do colégio".

"Faz a viagem passar mais rápido", comenta Davi, de 43 anos. "Vou para o trabalho jogando o game do filme 'Maze Runner' no celular".

Jogos simples e gratuitos, como "Candy Crush" e suas variações, são os mais jogados no metrô em São Paulo.

Observando os usuários nos vagões, é fácil encontrar alguém mexendo nos doces de "Candy Crush" pela tela do celular - quase tão fácil quanto ver as linhas azuis do Facebook ou os balões de conversa do Whastapp.

"Não exige muita atenção", explica o corintiano Roberto, de 47 anos. "Eu jogo mais por não ter o que fazer e assim a viagem vai mais rápido".

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