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LONDRES, 20 Jul 2007 (AFP) - Apesar das muitas críticas por seu limitado manejo da língua de Shakespeare, J.K. Rowling, que há 10 anos sobrevivia de ajudas sociais, é a escritora mais bem-sucedida e rica do mundo graças ao personagem mágico que criou: Harry Potter.
Com o bilhão de dólares que já ganhou com a série e que fez dela uma mulher mais rica que a rainha Elizabeth II, Rowling pode até rir de críticas como as de Nicholas Leezard, que afirmou num blog, citado pelo The Guardian, que o estilo de seus livros é tóxico e sua prosa é pobre e limitada.
A autora do maior fenômeno literário dos últimos anos, que em 1996 era apenas uma mãe divorciada que vivia dos subsídios estatais, possui agora um patrimônio estimado em 545 milhões de libras.
"Nem nas minhas fantasia mais doidas poderia imaginar algo assim", admitiu a escritora.
À sua já imensa fortuna se somarão os milhões que ganhará com o sétimo e último tomo da série, "Harry Potter e as Relíquias da Morte", a ser lançado no primeiro minuto deste sábado, e com os dois filmes que ainda faltam ser feitos sobre as aventuras do jovem bruxo.
A previsão é que o último livro da saga - que já bateu recordes de vendas antecipadas - eleve para mais de 400 milhões o número de livros vendidos pela série, cujos seis primeiros volumes renderam 325 milhões de exemplares.
Como a sorte de Joanne Kathleen Rowling mudou?A escritora conta que tudo começou num trem entre Londres e Manchester, num dia de 1990, quando teve pela primeira vez a idéia de contar a história de um bruxinho, órfão, de óculos, que batizou neste mesmo dia de Harry Potter.
Neste dia ela não tinha um lápis e era tímida demais para pedir emprestado a outra pessoa, relatou a autora.
Escreveu, então, as primeiras linhas num café em Edimburgo na Escócia, onde estava morando depois de viver um ano em Portugal. Lá, ela ensinava inglês e se casou com um jornalista português, Jorge Arante, com quem teve uma filha, Jessica.
Foi o fim desta relação, quando Jessica tinha apenas quatro meses, que levou Rowling a se mudar de Edimburgo, para estar ficar perto de sua irmã.
Estava muito angustiada e também deprimida pela morte de sua mãe. Mas foi esta depressão que a fez criar os dementadores, terríveis personagens que guardam a prisão de Azbaban e atormentam suas vítimas utilizando seus próprios medos.
Sete anos depois desta viagem de trem entre Londres e Manchester, e depois que o primeiro manuscrito da saga foi recusado por uma dúzia de editoras, chegou às livrarias "Harry Potter e a Pedra Filosofal", que se tornou um best-seller mundial.
O primeiro volume, publicado pela Bloomsbury, foi traduzido para mais de 40 idiomas e vendeu milhões de exemplares.
O restante, já faz parte da história.
Em 2001, chegou à telona este primeiro volume, que bateu recordes de bilheteria em todo o mundo e tornou Potter no menino mais conhecido do mundo.
Neste mesmo ano, Rowling - que aparece muito pouco em público e concede poucas entrevistas - se casou novamente com o médico Neil Murray, com quem teve dois filhos.
Ela conta que continua escrevendo no mesmo café de Edimburgo, onde redigiu "Harry Potter e a Câmara Secreta", "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", "Harry Potter e o Cálice de Fogo", "Harry Potter e a Ordem da Fênix", "Harry Potter e o Príncipe Mestiço", e também o último, que sairá a venda dentro de algumas horas.