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10/07/2007 - 20h40

Diretor David Yates diz que "Harry Potter e a Ordem da Fênix" é ousado

IAN SPELLING
Do New York Times Syndicate
David Yates entrou nos cenários de "Harry Potter" nos Leavesden Studios, perto de Londres, e grandes parte do universo Potter apareceram diante dele: o quarto de Harry, as câmaras de Dumbledore, várias partes de Hogwarts.

Alguns diretores poderiam se intimidar diante do desafio de entrar em uma franquia tão estabelecida e familiar e tentar deixar sua marca pessoal no material e interpretações, mas, magicamente, não Yates.

O diretor britânico de 44 anos de produções britânicas como "State of Play" (2003), "Sex Traffic" (2004) e "The Girl in the Cafe" (2005) estudou bastante Potter, lendo os livros e assistindo aos quatro primeiros filmes. Então ele se sentou na cadeira de diretor para realizar "Harry Potter e a Ordem de Fênix", que estréia em 11 de julho.

No quinto filme, Harry (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint) entram no quinto ano de estudos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde terão que lidar com a presença do maligno Lorde Valdemort (Ralph Fiennes), as maquinações do Ministério da Magia e os planos de uma nova professora de defesa contra as artes das trevas ávida por poder, Dolores Umbridge (Imenda Staunton).

"Bem, o elemento chave neste livro em particular é que ele se torna um pouco mais sombrio e ousado", disse Yates, "e os personagens está ficando mais velhos e passando por todas estas mudanças sutis. Assim, a coisa toda está evoluindo por conta própria e minhas sensibilidades se afinam bem com isto como cineasta e contador de histórias. Eu respondi aos aspectos ligeiramente mais sombrios, ligeiramente mais emotivos, do quinto livro de Jo Rowling".

"Foi exatamente neste ponto que entrei na leitura e comecei a trabalhar com (o roteirista) Michael Goldenberg", ele prosseguiu. "Assim, você meio que imediatamente sintoniza em cores que não necessariamente foram muitos exploradas nos filmes anteriores. E, é claro, a todo o resto que já é certo. Todas as coisas que os espectadores e os leitores já adoram sobre estas histórias já estão lá, já estão presentes, e eu as trago comigo.

"O que estamos fazendo, à medida que os personagens ficam mais velhos, é que as histórias fiquem um pouco mais maduras, um pouco mais sombrias, que fiquem um pouco mais emocionalmente complexas", disse Yates. "É neste ponto que há o acréscimo de valor, onde você traz o que faz melhor, porque as histórias que eu vinha contando eram bastante complexas emocionalmente e maduras."

Falando por telefone de Londres, Yates disse que se fixou no crescente isolamento de Harry, no fato das pessoas ao seu redor desconfiarem dele e não o compreenderem, incluindo várias que considera aliadas próximas. O diretor vê Harry como um órfão buscando seu caminho em um mundo onde as pessoas o julgam duramente. "Ele está descobrindo que tem todas estas emoções, este sentimento de raiva e frustração com o mundo, com seus amigos e com autoridade", disse Yates. "Todos estes sentimentos, qualquer adolescente passa por eles em um certo momento da vida, mas eles são acentuados aqui. Me parece que Jo é brilhante em encontrar todas estas coisas pelas quais todos nós passamos em um momento ou outro à medida que crescemos, e elas as traz para seu universo mágico."

"Este universo é bastante divertido, mas há um senso de verdade em tudo, a todos os sentimentos pelos quais Harry passa pelo livro."

E então há todos os acordos e conchavos menos mágicos em "Harry Potter e a Ordem da Fênix" a serem considerados. Aqui novamente o diretor, cuja obra freqüentemente é política, se sente em casa.

"Eu também gostei bastante da política", disse Yates entusiasticamente. "Eu gosto da política da comunidade dos bruxos e as políticas do Ministério da Magia à medida que tenta controlar este tipo de escola liberal. Eles trazem esta estampa bastante autoritária a ela e começam a se livrar dos professores e, de certa forma, tentam mudar a instituição em algo que é um tanto mais confortável para o Ministério e Dolores Umbridge.

"A política não teve um grande papel em 'Potter' antes", ele continuou. "Nós jogamos com política com 'p' pequeno. Há a sensação de que há uma organização que é bastante burocrática, bem autoritária, impondo sua vontade a este lugar que conhecemos e amamos, e tentando mudá-la em sua imagem, o que é bastante quadrado e pouco criativo."

"Você pega algo que é bastante familiar e permite que o público veja o que acontece quando este horror de professora, Umbridge, é capaz de assumir o controle e começar a dirigi-la", disse Yates. "Ela transforma Hogwarts em um local que parece menos familiar, bastante desconfortável e desolador, em comparação ao mundo maravilhoso com o qual crescemos. Eu achei isto bastante divertido."

Yates se divertiu tanto, e aparentemente impressionou tanto a equipe de produção de "Harry Potter" e os executivos da Warner, que estará de volta para a direção de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe". O sexto filme da séria começará a ser rodado em setembro, visando o lançamento em novembro de 2008.

"De certa forma estas são histórias sobre a infância e, no quinto filme, a intensidade da história é sobre um garoto descobrindo quão complicado ele é e quão complicado o mundo pode ser", disse o diretor. "E, em 'Enigma do Príncipe', o que é ótimo é a descoberta do sexo oposto e das políticas sexuais e das políticas emocionais."

"Assim, é outro passo na infância e na passagem da infância para a idade adulta", disse Yates. "A universalidade disto é o que é realmente divertido de explorar. E representa que passarei mais tempo com estes personagens. Eu realmente os amo."

Tradução: George El Khouri Andolfato

 

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