Urubus da obra "Bandeira Branca", de Nuno Ramos, no pavilhão da Bienal
Os protestos feitos por ativistas ambientais quanto a possíveis maus tratos contra os urubus que fazem parte da instalação “Bandeira Branca”, do artista Nuno Ramos, na 29ª Bienal, não agradaram aos criadores dos animais. “Eu poderia segurar uma faixa 'solte os animais'. Isso não é protegê-los. Por que as pessoas não se juntam aos voluntários para tratar os animais?”, questionou José Percílio Menezes, fundador do Parque dos Falcões, na Serra de Itabaiana, a cerca de 56 quilômetros da capital Aracaju (SE), de onde vieram os três urubus.
No dia da abertura da 29ª Bienal de São Paulo, ativistas protestaram contra a obra, pedindo que o animal fosse solto, e a instalação foi pichada com a frase “Liberte os urubu” (sic). Esta quarta-feira (29) foi divulgado que os urubus passarão por perícia.
Segundo Percílio -- que há 27 anos se dedica ao trabalho de tratamento de aves doentes e mutiladas --, o local da instalação na Bienal foi inspecionado pelo médico veterinário do parque antes de os urubus serem levados. Um criador que acompanha as aves diariamente também está em São Paulo. Percílio ressaltou ainda que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) liberou a transferência dos animais.
No Parque dos Falcões existem cerca de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, pombos, urubus e outras espécies.
Para o veterinário do parque, Willian dos Anjos, o protesto foi infundado. Ele lembra que os urubus chegaram ao parque em condições de maus tratos por intermédio do IBAMA. Segundo ele, esta não é a primeira vez que estes animais participam de uma exposição -- há dois anos eles estiveram no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília, na mesma instalação de Nuno Ramos.
“As pessoas que criticam não têm conhecimento sobre urubu. Os animais foram adaptados antes de serem levados para São Paulo”, disse o médico.
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