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"Russian Dolls" (Divulgação)

Joe Sheehan

Nasceu em 1976 em Nelson, Nova Zelândia.
Vive e trabalha em Wellington.

A Nova Zelândia tem alguns dos cenários naturais mais impressionantes do planeta. Paredões, montanhas nevadas e lagos compõem a paisagem do arquipélago vizinho à Austrália. Foi nesse país que nasceu e cresceu o artista plástico Joe Sheehan.

É da riqueza mineral do arquipélago que Sheehan tira a matéria-prima de seu trabalho, a pedra de jade. O interesse pelo mineral de cor esverdeada é coisa de família, já que o pai do artista comercializa o material. "Eu passava as férias na oficina do meu pai, trabalhando com várias peças, esculpindo e deixando lindos os mais diferentes tipos de pedra da Nova Zelândia", conta.

O artista estudou então design de jóias, passou a se dedicar integralmente às pedras e saiu pelo mundo em busca do talho e da forma perfeitos. Foi conhecer o processo de escultura em pedra na China, no Japão e na Rússia, além de passar uma temporada trabalhando numa pedreira do Canadá, nos anos 90.

No seu trabalho de artista, Sheehan se afastou dos formatos clássicos e propôs formas mais atuais à escultura, num esforço que lhe poderia valer o rótulo de pop. Em 2005, na mostra "Objectspace", em Auckland, Sheehan apresentou uma série de esculturas em jade que reproduziam objetos cotidianos como lâmpadas, alicates e fita cassete. Esta última trazia gravado o som da correnteza de um rio.

Nas suas peças pop, Sheehan registra o tempo atual com a atemporalidade do mineral. "Eu fiz uma série de coisas saírem da minha vida cotidiana e as congelei no tempo", escreveu ele no catálogo dessa mostra. Logo, o trabalho do artista muda o foco: a pedra, primeira obsessão de Sheenhan, dá lugar ao processo de produção escultórica.

Numa outra série, chamada "Clean Green" (Verde Limpo), de 2006, Sheehan vai além da sua relação particular com a pedra e expande seu universo de pesquisa e produção para a indústria pedreira, que o artista conhece bem. "No total, eu passei cerca de dez anos rodando pelas oficinas do meu pai em todo o país, trabalhando e observando como a indústria [de pedreiras] mudou. À medida que as pedras de jade que nós usávamos foram se tornando escassas, pedras estrangeiras começaram a suprir o negócio. Então eu quis criar um trabalho que mostrasse o impacto dessa comercialização no ambiente", explica.

A trajetória do jovem artista quase toda se deu em países anglo-saxões. Sheehan expôs na Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos e produziu, em duas ocasiões, os troféus entregues pela Sony Music a Ricky Martin, em 2000, e ao grupo Destiny´s Child, em 2002.

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"Song Remains the Same"

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"Everybody's Keys"

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