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M.L. Hukkanen/Divulgação

"The House", 2002 (M.L. Hukkanen/Divulgação)

Eija-Liisa Ahtila

Nasceu em 1959 em Hameenlinna, na Finlândia.
Vive e trabalha em Helsinki.

Eija-Liisa Ahtila estudou arte na Universidade de Helsinki, capital da Finlândia. Ela também estudou vídeo e cinema no London College of Printing, na Inglaterra, e em seguida, Advanced Technology Program do American Film Institute, Los Angeles.

Ahtila trabalha com fotografia, vídeo e vídeoinstalações, em construções narrativas complexas que utilizam a imagem, a linguagem e o espaço para abordar temas como a formação e a desintegração da identidade individual, a sexualidade e as dificuldades de comunicação nas relações humanas, o que ela chama de "dramas humanos".

Suas narrativas são baseadas em pesquisas, em eventos reais ou fictícios, em suas próprias experiências e memórias ou em experiências e memórias de outros, conhecidos ou estranhos. Os personagens de suas histórias são representados por atores que partem inteiramente de material extraído por meio de entrevistas com pessoas reais.

Muitos dos vídeos de Ahtila se assemelham ao "cinéma vérité" de Jean Rouch ou a filmes do Dogma 95, de Lars von trier, com câmera trêmula e crueza de imagens. Mas à diferença destes, seus vídeos e fotos possuem um tratamento de cor mais próximo da pintura.

Eija-Liisa Ahtila dá a mesma importância aos temas e aos aspectos formais do trabalho: "No começo dos anos 90, pensei em desistir das artes visuais para fazer filmes, mas as coisas não acontecem assim. Em vez de escolher entre essas duas tradições, eu fiquei com a imagem em movimento. A questão sobre o que é imagem em movimento tornou-se mais importante para mim do que definir se era cinema, arte visual ou novas mídias", explica a artista.

Em suas produções, Ahtila aborda uma série de questões que diz serem fundamentais. "Como expressar tristeza em imagens? Um sentimento pode ser expresso sem o seu oposto? Como mostrar as imagens juntamente com a história –-como um fim em si mesmas ou subordinadas à ação? Como é o entendimento no que se refere ao tempo? E como a causalidade e a progressão linear dos acontecimentos trabalha na situação espacial de uma instalação com multi-imagens?", enumera.

Na 28ª Bienal de São Paulo, ela vai mostrar uma combinação de dois trabalhos antigos, as vídeo-instalações "The House" (2002) e "The Hour of Prayer" (2005), que abordam temas como as relações familiares e a morte, alguns de seus assuntos mais recorrentes. "A idéia de buscar uma reflexão é necessária e estou ansiosa por ver como isso será em São Paulo. Quão visível será essa diferença em São Paulo?", questiona a artista que já expôs na França, Japão, Portugal, África do Sul e outros países.

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