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León Ferrari

Nasceu em Buenos Aires em 1920. Vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina.

Formado em engenharia na Faculdade de Ciências Exatas, Físicas e Naturais da Universidade de Buenos Aires, León Ferrari iniciou sua produção em 1955, com obras em técnicas e suportes, como a colagem, o xerox, a arte postal e os objetos, em materiais como cerâmica, gesso, madeira, cimento e aço inoxidável. Participou da vanguarda portenha com suas investigações caligráficas e descrição de pinturas e objetos na década de 60.

Viveu em São Paulo, como exilado político, de 1976 a 1984. Em 1991 voltou a viver em Buenos Aires.

A polêmica sempre rondou seu trabalho, de conteúdo fortemente político. A exposição "León Ferrari 1954-2004", no Centro Cultural de Recoleta, em Buenos Aires, foi fechada por pressão de uma organização católica que a considerou "blasfema". O artista, que sempre viu a imagem católica do inferno como uma justificativa da Igreja para matar e torturar gente desde a época das cruzadas até as ditaduras latino-americanas da década de 1960 e 70, expôs a obra "Cristo crucificado en un avión de combate". Nela, a figura do Cristo está presa a um avião de combate norte-americano.

Entre suas exposições individuais merecem destaque: Galería Lirolay, Buenos Aires (1964), Museu de Arte Moderna de São Paulo (1980), Franklin Furnace, Nueva York (1987), Museu Eduardo Sívori, Buenos Aires (1989), "Infiernos e idolatrias", ICI, Buenos Aires (2000), "The Architecture of Madness", na Universidade de Essex, Inglaterra (2002) e Museo de Arte Moderno de Buenos Aires (2003). Entre exposições colectivas se encontram a Bienal de Habana (1984, 1986 y 1994) e do Mercosul (1997 e 2003).
(Da Redação, com colaboração de T. Rivitti)